Despreparo para lidar com a vida psíquica, devido a um estudo voltado só para a sintomatologia orgânica está entre as principais causas do fenômeno.
José Ortiz Camargo Neto
“Maioria
das pessoas que se suicidam procuraram antes o médico da família”, noticiou
hoje, 4 de agosto de 2013, o Diário Digital português “Sapo”. Esclarece que “mais de 90% das pessoas que se suicidam
foram no último ano ao médico de família e cerca de 60% no último mês (...)
revelou hoje o psiquiatra Álvaro Carvalho.” [1]
Tal fato demonstra o despreparo dos
profissionais de Medicina para lidar com pessoas perturbadas psiquicamente, ou
seja, em surto psicótico, que estão a ponto de se suicidar. O que era de se
esperar, pois historicamente são os próprios médicos os profissionais que mais
se suicidam entre todas as profissões. E, dentre os médicos, costumam ser os psiquiatras os que mais se matam.
Estatísticas
Inaugurando o 3º
Milênio, a Organização Mundial da Saúde publicou um manual sobre suicídios,
informando que os dentistas, médicos e
farmacêuticos estão entre os grupos ocupacionais que têm uma taxa mais alta de
suicídio – o que indica um alto grau de desequilíbrio psíquico entre esses
profissionais, dizemos nós.[2]
Normalmente, as
classes odontológica, médica e farmacêutica não recebem formação em
psicopatologia e psicoterapia; não se analisam para conscientizar seus próprios
problemas psicológicos, psicossomáticos e psicossociais; não são preparados
para tratar do doente, com seu nervosismo, estresse, neuroses e psicoses, mas são
ensinados nos hospitais-escola montados pela industria farmacêutica a tratar somente
das doenças (sintomas orgânicos) com remédios e cirurgias, o que os
impossibilita de curar a maioria absoluta das moléstias e, sobretudo, a si
mesmos.
“Todo
ano cem médicos suicidam-se nos EUA, numero igual ao de formandos de uma escola
médica de medicina. Além disso, o índice de suicídios entre médicas é quase
quatro vezes maior do que entre outras mulheres com mais de 25 anos. Há quem
forneça muitas desculpas (...) Mas, aceitando ou não essas razões elas não
invalidam o fato de que os médicos são um grupo de pessoas muito doentes.” [3]
Juntando-se esses fatos ao alto número
de mortes por medicamentos registrados nos EUA, onde cerca de 200 mil pessoas
morrem anualmente dentro dos hospitais, devido ao tratamento médico recebido,
chegamos a uma consciência muito importante: a medicina alopática contemporânea
precisa ser revista.
Nossos
legisladores e ministros da saúde precisam parar de valorizar tanto essa
medicina alopática como se fosse o suprassumo da saúde, quando tem- se mostrado,
na verdade, o suprassumo da doença, até mesmo parfa seus próprios profissionais.
No
próximo artigo, voltaremos a este assunto, com mais estatísticas.
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